Maurília Fidelix
Era uma vez uma menina
chamada Natacha, que vivia com seus pais, um coelho e uma tartaruga na cidade
de Bem-me-quer, no interior do Rio Grande do Sul. A sua casa era muito bonita,
cercada de árvores, e tinha também um belo jardim. Havia uma árvore que, pela
sua imponência, se destacava das demais. Era uma grande figueira, onde a garota
e seus amigos ficavam brincando nos finais das tardes.
Natacha tratava os
bichinhos com muito amor. Porém, notava que o coelhinho não gostava e reclamava muito
da tartaruga. Ele dizia que ela era muito lerda para correr e até para caminhar.
A menina achava tudo isso muito divertido.
Certo dia, estavam os três
brincando debaixo da figueira quando a mãe de Natacha a chamou para uma
atividade. Ela disse aos amiguinhos: “vou ver o que mamãe quer que eu faça, e
volto logo”. O coelho não gostou muito daquela saída, pois não ia muito com a
cara da tartaruga. Os dois começaram uma conversa, porém foram surpreendidos
por uma rápida e forte chuva. O coelho ficou apavorado, não sabia para onde
correr e ,muito aflito, perguntou à tartaruga:
- Você sabe de algum lugar
em que possamos ficar?
A tartaruga olhou para o
amigo e disse:
- Eu não corro e não sou tão
ligeira como você, mas eu sei sim. Olha aqui no pé da figueira, eu fiz um
buraco, dá pra nós dois ficarmos até a chuva passar.
O coelho humildemente
aceitou o convite.
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